O D5 render é um novo programa para criar animações fotorrelistas em tempo real, muito poderoso e simples de usar.
Se você precisa apenas gerar imagens e vídeos de alta qualidade, você não precisa mais perder tempo aprendendo e configurando renders que exigem mais estuidos como o Vray ou o Corona Render.
Mas antes de falarmos TUDO sobre o D5 Render, precisamos relembrar duas técnicas de renderização usadas na atualidade: Ray Tracing e Rasterização.
D5 render e o Ray tracing
A maneira mais fácil de pensar no “traçado de raios” é olhar ao seu redor, agora.
Os objetos que você está vendo são iluminados por raios de luz.
Agora vire-o e siga o caminho daqueles raios do olho para trás, até os objetos com os quais a luz interage. Isso é traçado de raio.
Historicamente, porém, o hardware do computador não foi rápido o suficiente para usar essas técnicas em tempo real, como nos videogames.
Os cineastas podem levar o tempo que quiserem para renderizar um único quadro, e o fazem offline nos farms de renderização.
Recentemente a NVIDIA e a Microsoft anunciou o DirectX Raytracing, ou simplesmente DXR; uma extensão do DirectX 12 que permite, de forma bem simples, traçar raios no ambiente virtual dos jogos.
Qualquer GPU compatível com DX12 pode usar o recurso, mas a parte mais interessante desse anúncio é sua integração com a tecnologia RTX da NVIDIA.
RTX é o resultado de mais de 10 anos de desenvolvimento de tecnologias, algoritmos, compiladores, otimização, etc. para acelerar o processamento de Ray Tracing.
Quem trabalha com ferramentas profissionais de renderização, como as usadas na produção de filmes, já deve ter ouvido falar do RTX ou pelo menos da sua integração com Optix.
RTX é basicamente um “super acelerador de raios” e faz seu traçado da forma mais rápida e eficiente possível, extraindo todo o poder das GPUs NVIDIA, tirando proveito dos seus CUDA Cores.
O que é Rasterização que o D5 Render utiliza?
A computação gráfica em tempo real há muito tempo usa uma técnica chamada “rasterização” para exibir objetos tridimensionais em uma tela bidimensional. É rápido.
E, os resultados ficaram ótimos, mesmo que nem sempre seja tão bom quanto o que o traçado de raios pode fazer.
Com a rasterização, os objetos na tela são criados a partir de uma malha de triângulos virtuais, ou polígonos, que criam modelos 3D de objetos.
Nesta malha virtual, os cantos de cada triângulo – conhecidos como vértices – se cruzam com os vértices de outros triângulos de diferentes tamanhos e formas.
Muitas informações são associadas a cada vértice, incluindo sua posição no espaço, além de informações sobre cor, textura e seu “normal”, usadas para determinar a maneira como a superfície de um objeto está voltada.
Os computadores convertem os triângulos dos modelos 3D em pixels ou pontos em uma tela 2D.
Cada pixel pode receber um valor de cor inicial a partir dos dados armazenados nos vértices do triângulo.
Processamento ou “sombreamento” de pixel adicional, incluindo a alteração da cor do pixel com base em como as luzes na cena atingem o pixel e a aplicação de uma ou mais texturas ao pixel, combinadas para gerar a cor final aplicada a um pixel.
Isso é computacionalmente intensivo. Pode haver milhões de polígonos usados para todos os modelos de objetos em uma cena e aproximadamente 8 milhões de pixels em uma tela 4K.
E cada quadro ou imagem exibida em uma tela é geralmente atualizada de 30 a 90 vezes por segundo na tela.
Certamente, muitos fatores contribuem para a qualidade geral dos gráficos e o desempenho do Ray Tracing.
De fato, como o “traçado de raios” é tão intensivo em termos computacionais, é frequentemente usado para renderizar as áreas ou objetos em uma cena que se beneficiam mais com a qualidade visual e realismo da técnica, enquanto o restante da cena é renderizado usando rasterização.
A rasterização ainda pode oferecer excelente qualidade gráfica.
Agora que já falamos sobre técnicas de renderização, listamos tópicos sobre este novo programa que está dando o que falar, pela alta qualidade das imagens geradas por ele.
Seus renderes são ultra-realistas, realmente comparáveis com softwares como Corona Render e V-Ray, tendo uma grande vantagem sobre estes: velocidade de render pelo uso da GPU.
Compatibilidade do D5 Render
O programa é stand-alone e possui compatibilidade direta com arquivos SKP.
Basta uma simples modelagem 3D e aplicação de materiais no SketchUp, para você conseguir criar imagens belíssimas e vídeos impressionantes com o D5 Render.
O programa também aceita outros formatos, como o FBX e o D5A, este, nativo do próprio D5 Render, pode ser gerado no 3DS Max ou no Blender, através de Plugins para exportação.
Estão em pauta para as próximas atualizações, Plugins para Rhino, Revit e C4D.
Vamos aguardar.
Biblioteca de objetos do D5 Render
O programa foi projetado para renderização através da Placa de Vídeo (GPU), possui interface amigável e biblioteca aprimorada de assets para aplicação na cena.
Possui parceria com empresas especialistas em assets, como a Maxtree e da Render People, esta para a aplicação de personagens 3D e a outra para aplicação de vegetação na cena, ambos hiper realistas.
A setagem de materiais PBR é muito fácil e fluida, inclusive a aplicação de mapas de texturas adicionais.
Um destaque para o template de material “displacement”, com ele é possível criar materiais com relevo apurado, devido à aplicação de mapa de altura. Ainda sobre as parcerias com empresas especialistas, não podemos deixar de falar da Share Textures.
Materiais de alto nível prontos para uso.
Qual computador roda o D5 Render?
Por enquanto o programa só aceita placas de vídeo da Nvidia e, o requisito mínimo é a GeForce GTX 1060 6GB.
Há na internet quem já testou e conseguiu abrir uma cena no D5 Render usando uma placa de vídeo da AMD, porém não teve sucesso na exportação de renderização. Quem possui GPU AMD deve aguardar um pouco.
Para um desempenho fluido de navegação e renderização é altamente recomendável utilizar a série Nvidia GeForce RTX 2060 ou superior (ou a Quadro RTX).
O pipeline de renderização principal do D5 Render é construído com base no DX12 + DXR.
Ele precisa do sistema operacional Win10, v1809 ou versão superior.
O D5 render é gratuito?
Sim! O D5 Render lançou recentemente a versão 2.0.
Quem faz o download, mas não compra o Passaporte, acaba adquirindo a versão FREE do programa, também chamada de COMMUNITY, para uso individual e fins educacionais.
Esta versão possui quase que todas as funcionalidades da versão PRO, com acesso à biblioteca de materiais e objetos 3D, ainda que com algumas limitações; também não é possível exportar vídeo, apenas imagens comuns e imagens panorâmicas (em resoluções altas)
Mas se você é usuário ou empresa profissional e precisa para uso comercial, deve adquirir o passaporte.
Com ele você terá acesso vitalício as novas atualizações e novos recursos.
Veja abaixo as diferenças entre as versões:Levantamento feito por Tiago Vaz, usuário PRO.
Dois tipos de contas do D5 Render (Community e Pro)
Considerações Finais sobre o programa
De fato o D5 Render combina os benefícios do Ray Tracing e da Rasterização, para obter interatividade em tempo real e imagens foto-realistas simultaneamente.
Claro, ainda tem alguns pontos a melhorar para as próximas versões, mas está no caminho certo.
Diferenciais do programa
- Atmosfera do céu e sistema paisagístico;
- Realidade Virtual;
- Spline Path para animação de objetos;
- Material Fur (pelo);
- Espalhamento de sub-superfícies;
- Sombra de vidro;
- Metal anisotrópico;
- Água com efeito “caustico”;
- Mega Lights;
- Cantos arredondados;
- Decals
Exemplo de Passeio Virtual 360, criado a partir de imagens panorâmicas renderizadas no D5 Render
Você pode conferir na GALERIA do website do D5 Render, alguns trabalhos realizados pela comunidade D5 e confirmar o que mostramos neste post: renderizações de alto nível!
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